Rio de Janeiro (RJ) – De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a descoberta de novas reservas onshore deve dar um salto para a produção brasileira a partir de 2027. A estimativa é de que o volume deve sair de 93 mil barris/dia, em 2022, para 153 mil bpd, em 2032 – crescimento de 64,5%. A projeção aponta que 45% do volume produzido virá de recursos já descobertos.
Duas bacias são as maiores produtoras de petróleo onshore no Brasil: Potiguar e Recôncavo, que devem perder representatividade ao longo do período – elas vão passar dos dois terços que para 47% em 2032, segundo o levantamento. Isso abrirá espaço para as bacias de Sergipe e Solimões, por outro lado.
A EPE ainda estima ganhos com o aumento do fator de recuperação (FR) dos campos. Destaca que, em bacias como a Potiguar, há grande margem para evolução das reservas, já que os projetos indicam um FR de até 21% – inferior ao das amostras internacionais.
Com um aumento do fator de recuperação de 7%, a EPE estima que a produção de óleo e gás pode atingir 450 mil barris diários de óleo equivalente (boe/dia) em 2032 – cerca de 100 mil boe/dia a mais que o cenário base.
As notícias são boas também para o setor de gás natural, onde o crescimento deve ser ainda maior. A EPE projeta aumento de 83% na produção líquida, de 14,7 milhões de m³/dia, em 2022, para 27 milhões de m²/dia em 2032. A Bacia do Parnaíba deve ultrapassar Solimões como maior região produtora do País no segmento.
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