Abrir um coworking pode ser uma opção para imóvel ocioso

São Paulo (SP) – No começo de 2023, diversas empresas foram afetadas pelo aumento do aluguel de espaços comerciais, nesse momento de pós-pandemia. Segundo o Índice FipeZAP+, os valores para locação de salas comerciais tiveram um aumento de 5,68% no encerramento de 2022.

“Com a demanda do trabalho presencial cada vez mais forte, somado ao reajuste dos valores de aluguel, muitos donos de empresas buscam economizar e a saída mais barata e prática para muitos é recorrer a um coworking, o que alavanca os negócios do tipo”, explica a especialista em coworking Bruna Lofego.

Como o coworking é utilizado por diversas empresas ao mesmo tempo, pagando um valor fixo por essa comodidade, os clientes não precisam arcar com despesas fixas extras como condomínio, IPTU, luz, água e internet. Segundo levantamento recente do International Workplace Group, a procura pelo modelo teve um aumento de 93% no cenário global em relação ao mesmo período de 2021, e o Brasil está entre os países de maior procura pelo serviço, com aumento de 97% em 2022.

Pensando nisso, Bruna listou quatro provas de que investir em um coworking pode ser uma solução para um imóvel sem uso:

Volta ao trabalho no “novo normal”

Muitos profissionais já voltaram a sair de casa, e não fazem home office todos os dias, com o modelo híbrido sendo cada vez mais adotado pelas empresas. Há também os casos de colaboradores que não se adaptaram ao modelo 100% remoto e preferem estar em um escritório compartilhado para cumprir suas tarefas, e o coworking tem sido uma opção para eles.

“As empresas estão retomando a rotina que existia antes da pandemia, mas de outra forma, e o local de trabalho tem sido um desafio para muitas delas, por fatores como o alto custo de aluguel, com as sedes não conseguindo mais suportar uma estrutura com grande número de funcionários. Com a pandemia,a grande maioria das empresas enxugou suas estruturas e agora fica difícil voltar ao que era. Nesse cenário, o coworking é uma maneira de ajudar a se adaptarem ao novo normal”, comenta a especialista.

Menor risco de vacância

Dentro do modelo de coworking, é claro que sempre irão existir entradas e saídas, mas as entradas de clientes sempre tendem a ser maiores. Além disso, por serem vários contratos simultâneos, o espaço nunca ficará parado, como acontece com um espaço locado por um contrato de aluguel tradicional.

“Quando um locador sai do imóvel, ele fica ‘parado’ o que representa prejuízo para o proprietário, que terá que arcar com custos como IPTU e condomínio até que consiga um novo inquilino. No coworking, isso não existe, por isso, é um modelo de negócio mais lucrativo e com maior previsibilidade”, avalia Bruna.

Flexibilidade na gestão do espaço

Um imóvel ocioso pode ser facilmente adaptado e reformado para atender às necessidades específicas de um espaço de coworking, permitindo que o empreendedor crie um espaço de trabalho compartilhado personalizado e atraente para os futuros clientes

“É mais simples começar do ‘zero’, no sentido de iniciar um coworking de um imóvel ocioso do que fazer isso em um espaço onde já funcionava um tipo de negócio específico. Quando o espaço está parado e mais livre, geralmente demanda menos mão de obras e custos mais enxutos para colocar a infraestrutura necessária”, aponta a empreendedora.

Variedade de possíveis clientes

Ao contrário do que alguns acreditam, os coworkings não precisam ser necessariamente voltados para startups, e sim podem atender clientes dos mais diversos tipos – desde grandes empresas até startups ou pessoas físicas. “É um mercado bem flexível e democrático, e é possível mesclar os contratos entre espaços para grandes corporações, salas privativas para psicólogos e estações de trabalho para startups ou até mesmo pessoas físicas”, ressalta a especialista.

De acordo com a empreendedora, os segmentos que aderem a esse tipo de espaço também são variados, e entre os que mais buscam estão os setores de saúde, estética, tecnologia, vendas, e jurídico. “São os que mais procuram, mas a cada dia isso tem se diversificado mais, é um espaço que se adapta às mais diversas necessidades e atende bem a todos”, resume Bruna.

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Encontro ABRINT se consolida como a maior feira do segmento na AL

São Paulo (SP) – A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT) encerra a 14ª edição do seu Encontro Nacional celebrando recordes nos números de visitantes e de expositores. O evento, que se consolidou como o maior do setor na América Latina, registrou a presença de 20 mil visitantes, e contou com a presença de 180 expositores. Com o tema “Potencializando Conexões”, o Encontro Nacional ABRINT 2023 apresentou uma programação de mais de 70 horas combinando palestras, debates e workshops, divididos em 4 plenárias.

“O Encontro Nacional ABRINT consolidou-se como uma referência internacional para o setor de telecomunicações. Hoje, promovemos o maior evento relacionado ao universo dos provedores de internet na América Latina, batendo este ano nosso recorde de participação, com 20 mil visitantes. A cada ano, o evento supera as expectativas, e trabalhamos para aperfeiçoar e surpreender cada visitante. O feedback que recebemos dos expositores foi que esta edição foi a melhor em termos de negócios em toda a história”, declara André Felipe Rodrigues, diretor de Eventos da ABRINT.

Durante o evento, o Ministro das Comunicações Juscelino Filho fez importantes anúncios para o mercado de provedores de pequeno porte. Além de reconhecer o papel dos PPPs na expansão nacional dos serviços de telecomunicações e reforçar a sua importância para garantir acesso a cerca de 20% da população que ainda não tem internet, Juscelino Filho anunciou que o governo federal vai divulgar a política pública para compartilhamento de postes na próxima semana. A divulgação será feita por meio de uma portaria interministerial – realizada em conjunto pelos ministérios da Comunicações e das Minas e Energia – a partir da qual a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) trabalharão na regulamentação da questão.

“Queremos fortalecer o setor para que continue crescendo, principalmente nas zonas rurais e distantes”, afirmou o ministro. Outra novidade trazida por Juscelino Filho foi a liberação do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para uso do setor e de uma linha de crédito estabelecida em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Teremos mais de R$ 2 bilhões para projetos de fomento no setor, o que deve incluir projetos de acesso, infraestrutura, serviço móvel e rede de transporte de alta velocidade com fibra, entre outros”, declarou Juscelino Filho.

A ABRINT também anunciou uma parceria inédita com a Fiber Broadband Association (FBA), que permitirá à Associação oferecer os reconhecidos cursos e certificações internacionais da FBA em português para o mercado brasileiro. Estabelecida em 2001 e considerada a única associação comercial totalmente dedicada ao mercado de fibra óptica nas Américas, a FBA fornece defesa, educação e recursos para empresas, organizações e comunidades que desejam implantar as melhores redes.

A 14ª edição do Encontro Nacional ABRINT aconteceu no Transamerica Expo Center, em São Paulo, entre os dias 24 e 26 de maio, e seguiu a tradição dos últimos anos ao promover debates sobre o futuro das telecomunicações. Com mais de 16 mil m2 de área de exposição, o Encontro Nacional 2023 contou com estandes amplos e modernos para receber os visitantes e congressistas com muito conforto. Com a participação de centenas de empresas nacionais e internacionais, o Encontro Nacional ABRINT permitiu a apresentação das novidades do mercado, o fechamento de negócios e o reforço de redes de relacionamento.

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PUCPR inaugura espaço aberto para inovação

Curitiba (PR) – Curitiba acaba de ganhar um novo espaço voltado ao fomento da inovação, educação e, principalmente, ao desenvolvimento de conexões entre pessoas, negócios e tecnologias. Criado pela Hotmilk, ecossistema de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o Innosphera Meeting Center foi lançado com o objetivo de receber eventos, educação corporativa 4.0, imersões de sprints e squads, sessões de design thinking e reuniões diversas, seja para aprimorar a interação entre equipes ou gerar novos negócios.

A inauguração do espaço, que aconteceu na última quarta-feira (24), contou com a presença de docentes da Universidade, autoridades do governo e representantes de empresas com operações ativas em Curitiba e Região Metropolitana, que tiveram a oportunidade de conhecer as novas instalações e participar de uma rodada de networking com cerca de 150 pessoas. Novos membros da Hotmilk, como a Mondelez, Brose e ExxonMobil, apresentaram aos participantes do evento as suas jornadas de inovação em parceria com o hub.

“Temos o propósito de promover a inovação aberta para todos. É um espaço que servirá para fazer a propulsão de projetos de inovação; as oportunidades são inúmeras”, diz Fernando Luciano, diretor geral da Hotmilk.

Para Fernando, as salas interconectadas e equipadas com uma estrutura audiovisual completa possibilitam que o local se adapte a diferentes necessidades, estimulando a imersão, criatividade e também o uso de metodologias ativas. O diretor afirma ainda que o Innosphera é uma grande oportunidade para empresas e profissionais de Curitiba e região. “Também temos o objetivo de proporcionar oportunidades de conexões”, afirma. “Aqui todos poderão se conectar com tecnologia, ciência e, sobretudo, com pessoas”, completa.

De portas abertas para parcerias e projetos coletivos que fomentem o desenvolvimento da inovação, o Innosphera está localizado no Hub Hotmilk do câmpus Curitiba da PUCPR, o qual conta atualmente com cerca de 100 empresas e startups. Funcionando das 08h às 22h, o espaço passa a integrar o Hub Hotmilk, um ambiente colaborativo e diverso, feito para startups, corporações e empreendedores alavancarem projetos e tecnologias, gerarem conexões e desenvolverem negócios. “Com o Innosphera, a expectativa é que o hub ganhe ainda mais força e possa gerar cada vez mais valor aos seus membros e clientes”, conclui Fernando.

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Brasil arrecada R$ 466 mi com venda de energia para Argentina e Uruguai

O procedimento competitivo para a Exportação de Vertimento Turbinável – EVT permitiu ao Brasil vender mais de 4.200 megawatts médios em excedentes de energia elétrica para a Argentina e Uruguai entre janeiro e abril deste ano, arrecadando mais de R$ 466 milhões. A receita tem sido utilizada para reduzir custos de geração das usinas hidrelétricas, o que beneficia os consumidores brasileiros.

“A exportação é uma boa alternativa para aproveitar recursos que seriam desperdiçados, otimizar o uso da água dos reservatórios e, ao mesmo tempo, representa ganhos para o Brasil e países vizinhos”, explica Talita Porto, vice-presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, uma das organizações responsáveis pela operação do mecanismo. A energia comercializada é produzida a partir da água que não seria utilizada pelos geradores hídricos brasileiros, o que é comum em cenários hidrológicos favoráveis, como o atual.

“Mais uma conquista que celebramos este ano, reforçando o cuidado e atenção deste governo em manter os níveis elevados dos reservatórios de modo a propiciar a segurança energética e o desenvolvimento econômico nacional. Estamos celebrando excedentes de energia que, antes não eram usados, eram desperdiçados, e que agora propiciam retornos positivos para nossos consumidores ao mesmo tempo que ajudam nossos países vizinhos a atender à necessidade de energia”, completou o ministro Alexandre Silveira.

O EVT foi implementado em outubro do ano passado. A negociação com os argentinos e os uruguaios é feita diariamente, sem afetar a segurança do fornecimento para o mercado interno. A CCEE e o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS operacionalizam o EVT, com base na Portaria Normativa nº 49/2022 do Ministério de Minas e Energia – MME.

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Novo arcabouço fiscal pode atrair mais investimentos ao Brasil

São Paulo (SP) – O novo arcabouço fiscal, aprovado nesta semana na Câmara dos Deputados, pode atrair mais investimentos ao Brasil e impulsionar as atividades de fusões e aquisições (M&A) entre empresas brasileiras e companhias de outros países. A avaliação é do economista Gabriel Loest Cardoso, sócio da Redirection International, consultoria especializada em assessoria de fusões e aquisições, com representação em Londres e Nova York.

“Apesar das incertezas sobre a execução do arcabouço fiscal e as críticas quanto ao otimismo do governo em relação à arrecadação, a proposta aprovada na Câmara não é a ideal, mas é melhor do que nada. O mercado recebeu o projeto com certo ceticismo, mas após entrar em vigor a nova regra pode facilitar o controle da inflação e isso aumenta a rentabilidade real dos investimentos. Além disso, a aprovação do arcabouço poderia trazer novas expectativas de cortes na taxa de juros, assumindo responsabilidade fiscal futura do Governo e melhorias no cenário econômico, e isso historicamente tem relação direta com as atividades de M&A e investimentos em ativos fixos”, destaca Gabriel Cardoso.

Por outro lado, o economista alerta que alguns pontos geram preocupação no mercado como o piso de investimentos que possibilita um aumento real nas despesas (mesmo em caso de queda na receita) e o fato de não existir uma meta definida para a dívida pública. “As projeções otimistas para o superávit e a vinculação do crescimento das despesas ao crescimento do país também podem comprometer a sustentabilidade das receitas a longo prazo. Ainda assim, ao trazer mais visibilidade para os gastos públicos, o novo arcabouço fiscal pode reduzir a percepção do Risco Brasil, o que impacta a atração de investimentos internacionais”.

No ano passado, segundo dados da Transactional Track Record (TTR), as transações cross-border (envolvendo companhias de diferentes países) trouxeram R$ 121 bilhões ao Brasil, em 448 aquisições. Os países que mais investiram em empresas brasileiras (em volume de operações) foram os Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Canadá, Argentina, Holanda, Japão e China.

O texto base do Projeto de Lei do novo arcabouço fiscal foi aprovado na noite de terça-feira, 23, na Câmara dos Deputados por 372 votos a favor e 108 contrários e, nesta quarta-feira, 24, voltou ao plenário para votação dos destaques. Agora o projeto segue para análise do Senado.

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Festa de São João de Campina Grande (PB) terá teste com Wi-Fi 6E

Campina Grande (PB) – A Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações) está preparando um teste de Wi-Fi 6E para a festa de São João 2023 de Campina Grande (PB), que começa a partir de 1 de junho. A informação foi passada por Aristóteles Dantas, diretor financeiro da associação, durante sua participação do Encontro Nacional Abrint 2023 nesta terça-feira, 24.

A data da instalação da rede ainda não foi confirmada, mas a prova será feita em parceria com a Cambium Networks (fornecedora dos equipamentos) e o provedor de rede local Próxima. Ao todo serão três equipamentos no padrão 6E a serem instalados nos camarotes de São João para que os visitantes acessem a rede outdoor.

Cada equipamento da Cambium tem capacidade para 2,5 mil acessos simultâneos, o que permitirá 7,5 mil acessos no local.

A Abrint também está realizando um teste com a Cambium em São Paulo, durante o seu evento voltado para o mercado de ISPs. A tecnologia estava disponível para visitação e uso na sala dentro do auditório principal e foi demonstrada ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

A associação é um dos representantes que pleiteiam a faixa de 6 GHz para o Wi-Fi. Do outro lado estão as grandes operadoras e fornecedores de core de rede, que querem a frequência ou parte dela para o 5G. Vale lembrar que a Anatel já decidiu em favor do Wi-Fi, mas operadoras e vendors seguem pressionando o governo contra a decisão da agência.

No teste desta terça-feira, a velocidade atingida de download estava próxima de 800 Mbps e a de uplink, 700 Mbps. Contudo, o teste em São Paulo utilizou apenas a frequência de 6 GHz. Aquele realizado em Campina Grande, no próximo mês, será em 6 GHz, mas também nas faixas habituais do Wi-Fi, 2,5 GHz e 5 GHz.

Nos dois casos, a Anatel fornecerá uma licença de espectro temporária.

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Bancos deverão compartilhar dados para prevenção de golpes e fraudes

Brasília (DF) – As instituições financeiras e demais autorizadas a funcionar pelo Banco Central (BC) deverão compartilhar entre si dados e informações sobre fraudes e golpes no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). A medida consta de norma aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo BC, em reunião na semana passada.

As informações foram divulgadas nesta terça-feira, 23, pelo BC. Segundo a autarquia, o objetivo é “reduzir a assimetria de informação no acesso a dados e informações utilizadas para subsidiar procedimentos e controles dessas instituições para prevenção de fraudes”. O BC informou que deverá ser criado um sistema eletrônico para o registro e a consulta de dados e de informações sobre indícios de ocorrências ou de tentativas de fraudes identificadas. O prazo de implementação é até 1º de novembro deste ano.

A edição da norma de regulação foi decidida diante do crescimento dos meios digitais de transações financeiras e de pagamentos e do aumento das ocorrências de fraudes, golpes e crimes cibernéticos no sistema bancário. Em 2021, foram registradas mais de 4,1 milhões de ocorrências, contra 2,6 milhões em 2020 e 1,2 milhão em 2019.

“A norma permitirá o aprimoramento da capacidade das instituições supervisionadas de prevenção de fraudes, bem como melhorar seus controles internos, tendo sido estabelecido o registro do seguinte rol mínimo de informações a serem compartilhadas: identificação de quem teria executado ou tentado executar a fraude; descrição dos indícios da ocorrência ou da tentativa de fraude; identificação da instituição responsável pelo registro dos dados e das informações e identificação dos dados da conta destinatária e de seu titular, em caso de transferência ou pagamento de recursos”, explicou o BC.

Rede de cooperação

Segundo o chefe do Departamento de Regulação do BC, João André Calvino Marques Pereira, será uma rede de coordenação e cooperação do mercado. “Não estamos falando de competição, estamos falando de crimes que podem atingir qualquer instituição financeira”, disse Pereira, em conversa com jornalistas para explicar a medida.

“O mercado todo entende essa necessidade”, completou, ressaltando que , empresas de serviço de informações de crédito e outros agentes, por exemplo, conseguiriam prestar esse serviço de forma rápida.

As instituições financeiras serão as responsáveis pelo uso dos dados e informações obtidos em consulta ao sistema eletrônico, para desenvolver controles internos de gestão, preservando o sigilo bancário. Elas deverão obter de seus clientes o consentimento para tratamento e compartilhamento dos dados de fraudes. De acordo com o BC, isso deverá ser feito ao longo do tempo pelos bancos.

Pela norma, os titulares dos dados terão livre acesso às informações que lhes digam respeito, bem como poderão solicitar a exclusão ou a correção dos dados registrados, em caso de eventuais erros, inconsistências ou outras demandas.

O Banco Central informou ainda que vem tomando medidas para reduzir e prevenir fraudes e golpes. Entre outras normas estão a exigência de políticas de segurança cibernética, o aprimoramento de mecanismos de segurança no Pix, a discussão permanente com as instituições sobre novas iniciativas e ações de supervisão. As informações são da Agência Brasil.

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Aportes em Transformação Digital devem girar R$ 666 bilhões até 2025

São Paulo (SP) – Um levantamento feito pela Brasscom em parceria com o IDC, aponta que as perspectivas de investimentos em tecnologia de Transformação Digital podem atingir R$ 666 bilhões até 2025. Outro grande aliado do mercado de TI envolve a Inteligência Artificial, que no mesmo espaço de tempo pode receber investimentos em torno de R$ 69,1 bi. O levantamento registrou outras apostas, como Big Data & Analytics (R$ 81,2 bi), Nuvem (R$ 308,3 bi), IoT (R$ 37,5 bi) e Segurança da Informação (R$ 68,4 bi).

De acordo com alguns especialistas do mercado esses números comprovam que as empresas devem continuar buscando eficiência com a transformação digital, o que vai impulsionar cada vez mais a economia e também gerar muitos empregos qualificados.

Segundo André Dib, CEO da Framework Digital, em um mercado que está em constante mudança, é importante que as empresas compreendam e se adaptem aos novos formatos. “Hoje, não estamos mais falando só em buscar aumento de produtividade ou crescimento imediato, pois em muitos casos a transformação digital permitirá que as empresas reinventem seus modelos de negócios. Vejo que as empresas devem se preparar para um novo capítulo da transformação digital, pautada por resultados. Para isso acontecer, é importante que se lembre de um conceito básico da agilidade: deve-se aumentar a qualidade da entrega e gerar valor ao cliente”, afirma.

De acordo com Gutemberg Silveira, diretor executivo na Aoop, a transformação digital aparece como um auxiliar fundamental na garantia da efetividade dessas práticas, pois possibilita que as organizações promovam mudanças na maneira como elas tratam seus processos, tecnologias e dados, com uma visão mais clara de negócios. “Essas transformações auxiliam tanto na frente GRC quanto na frente ESG, que são semelhantes, seja na gestão operacional ou de riscos e conformidade. Sendo assim, os temas GRC e ESG são importantes para as empresas, pois exibem uma visão ampliada do papel atual dessas corporações no mercado”, completa.

Já o CEO LATAM da Engineering, Filippo Di Cesare, observa que o foco do investimento digital tem se transformado cada vez mais, conforme a tecnologia tem um papel mais importante na entrega de valor para a organização. “Dessa forma, repensar o negócio em torno de uma abordagem mais digital é criar uma nova vantagem competitiva e até novas propostas de valor. As empresas que mudam seu formato de trabalho e se adaptam se tornam mais ágeis e assertivas. Em 2023, o tradicional modelo de sourcing será cada vez mais superado pelo crescimento e adoção de um modelo de organização de um ecossistema tecnológico. Nesse sentido, algumas tecnologias serão impulsionadas”, avalia.

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Pecuária só deve ter recuperação nos preços em 2024 – 2025

São Paulo (SP) – “O ano típico na Agropecuária é sempre um ano atípico. Não há moleza”. A expressão bem humorada do agrônomo e comandante da Scot Consultoria Alcides Torres, o ‘Scot’, resume bem o ano desafiador enfrentado pela carne bovina brasileira. Depois de cinco meses, os mercados nacional e internacional apontam dados complexos. O pecuarista brasileiro precisa hoje do dobro de arrobas para comprar um bezerro, sofrendo com mais um tradicional ciclo da atividade. O preço do boi gordo está baixo assim como o consumo da proteína no mercado interno. E o embargo da China imposto pelo caso de ‘Mal da Vaca Louca’ já ficou para trás, mas não trouxe ainda aumento das vendas externas e prêmios mais robustos pelas melhores carcaças. Por outro lado, os valores de soja e milho caíram bastante, assim como outros insumos importados devido à baixa do dólar. “No confinamento, o custo de produção caiu mais do que o preço final. Por isso, a conta ainda fecha e a atividade deve manter-se bem. Basta usar a gestão de risco para garantir resultados. Nas outras áreas, contamos com exportações em torno de três milhões de toneladas, o que ajuda bastante no estoque, mas o produtor precisa ser rápido na decisão. É a lógica do mundo capitalista. Não adianta ficar torcendo pelo preço. É um índice ditado pelo mercado”, acrescentou o consultor.

“A melhora no poder de compra dos brasileiros, com recuperação nas vendas de carne bovina no país, é necessária para um aumento do consumo. O que, por tabela, alavancaria os investimentos das fazendas na nutrição mais qualificada dos animais. Já a pecuária leiteira vem tendo uma boa performance, com preços sustentados ao longo dos últimos meses”, analisou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM), Juliano Sabella. Os dois profissionais comandaram um dia de debates sobre as perspectivas do mercado, durante a última reunião da entidade que representa o segmento de suplementação mineral dos rebanhos brasileiros. No encontro, Alcides Torres afirmou que o pecuarista brasileiro precisa enfrentar a realidade de que atualmente terminamos bem o boi, mas tratamos mal a cria, com taxas de prenhez muito baixas. “Temos muito o que avançar em níveis de reprodução e técnicas de produção. O bezerro está aumentando de preço e peso. Temos que alterar a forma de comercialização. Vender bezerro por quilo, como é feito em alguns locais dos estados do Sul do Brasil. Se não for possível, usar a recria para valorizar os investimentos. Tem gente que paga mais pelo bezerro de qualidade. E a venda de sêmen explodiu, o que vem melhorando a qualidade do gado. Temos um mercado a explorar nesse sentido”, aconselhou.

Todos são unânimes em enxergar a atualidade como um dos momentos mais desafiadores da pecuária nos últimos quinze anos. O Brasil é um país pecuário há mais de um século, trouxe o Zebu da Índia, cultivou os capins africanos e adotou a suplementação alimentar moderna. Fez o setor progredir e tornar-se o maior exportador de carne vermelha do planeta. Mas não pode temer as grandes revoluções que tem pela frente. “O ciclo pecuário é o mesmo. Quando há abate de fêmeas, o preço da carne cai. Quando há retenção das matrizes, o preço da carne sobe. Logo, os preços só devem reagir bem em 2024 e 2025. Logo, é o momento exato de usar tecnologia. Investir. Veja, a última grande revolução do nosso boi foi a China pedindo animais de 30 meses. Provocou a produção de animais precoces. E o que salvou a pátria nesses anos todos foi a exportação. E a China, que, sozinha, ficou com um quinto da nossa produção em 2022. E em 2023 já é responsável por 17% de nossos embarques, mesmo com embargo”, apontou Alcides Torres. Uma postura apoiada por Francisco Olbrich, diretor de Negócios da Trouw Nutrition. “Acredito nessa estabilização do confinamento neste ano. E, ao mesmo tempo, que o ciclo tradicional da pecuária deva ficar mais curto devido aos investimentos realizados pelos pecuaristas ao longo do tempo. Agora, ficar assustado com variações tão bruscas como vêm ocorrendo no mercado é até normal. Mas precisa gerar boas decisões e controle total dos custos”, indicou.

Realmente, instabilidade parece ser uma palavra que chegou de vez ao mundo das carnes. Após um surto internacional de Peste Suína Africana, agora é a vez da Gripe Aviária, que atinge as granjas de carne de frango e ovos de dezenas de países. Se chegar ao Brasil, pode deprimir ainda mais o preço do milho. Mesmo com a voracidade das usinas de etanol e óleo pelo grão. “Não tem navios buscando milho brasileiro. Não tem exportação programada para o grão. E a supersafra não tem armazéns suficientes para guardar a colheita. Eu tenho silos, mas uso pouco por causa da diferença entre os custos e os juros atuais, de mais de 13%”, apontou Nelson Lopes, Presidente da Vaccinar.

O brasileiríssimo frigorífico JBS, o maior do planeta, informa que o nosso boi representa hoje apenas 16% de seus negócios mundiais. “Já os norte-americanos podem ter problemas para alimentar o gado. Por causa de milho e feno. E, atualmente, estão vendendo muitas vacas”, acrescentou Fernando Carvalho, Mentor na Matsuda Group. Outro movimento que ganha corpo é a habilitação de mais frigoríficos brasileiros para vender à China, o que pode redundar no fim dos prêmios pagos por animais precoces. “De qualquer maneira, o Brasil permanece, e será assim nas próximas décadas, como elemento chave no fornecimento de alimentos ao planeta. O déficit de até 40% na armazenagem de grãos é um problema. Mas já existem inúmeros grupos do exterior anunciando a construção de unidades por aqui. Sem falar que soja e milho baratos é ruim para quem vende, mas é bom para quem compra. O empresário rural precisa de velocidade na decisão depois de analisar o panorama e fazer as previsões. Tudo muda de forma muito rápida. Não dá para tirar os olhos do clima e das safras agrícolas do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos. A reposição e o boi gordo devem seguir com cotações em queda. Porém, os custos da safra 2023 – 2024 devem ficar relativamente acomodados e a exportação de carne bovina deverá ter bom desempenho. Com gestão de risco, é possível ter bons resultados neste ano”, concluiu Alcides Torres.

“Nosso cenário econômico está meio turbulento, com índices inconsistentes. Não estamos bem, mas poderíamos estar pior. De qualquer maneira, o agronegócio tem previsão de avançar no mínimo 8% em 2023. Pode ser um bom sinal para as indústrias de suplementos minerais recuperarem parte do recuo que ocorreu depois do período histórico de 2021 até metade do ano passado”, completou Felippe Cauê Serigatti, professor de Economia na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, pesquisador do Centro de Agronegócios da FGV (GV Agro) e coordenador do Painel de Estatísticas da ASBRAM.

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Pedágio free flow pode agilizar transporte rodoviário de cargas

São Paulo (SP) – O pedágio free flow entrou no último mês como o primeiro sistema inovador do Brasil na rodovia Rio-Santos, localizada na BR-101, no estado do Rio de Janeiro. Os portais de cobrança automática estão situados em três pontos, km-414, km-447 e km-538, com 100% de funcionamento.

Esse modelo de pedágio é um sistema automático de cobrança que não utiliza as tradicionais praças com cancelas compostas em determinados trechos das rodovias pelo país. Com isso, dispensa a necessidade de redução de velocidade e a parada para o pagamento da tarifa. A estrutura é equipada por diversas câmeras e antenas capazes de reconhecer os mais diversos veículos.

A identificação pode ser realizada através da tag de cobrança de pedágio instalada no veículo ou pela placa. Os sensores presentes acoplados do equipamento conseguem localizar a altura, a largura e o comprimento, além da quantidade de eixos rodantes e suspensos, que funcionam até mesmo em situações de baixa visibilidade.

Para Marcel Zorzin, diretor operacional da Zorzin Logística, esta nova implementação será extremamente benéfica, especialmente para as empresas de transporte rodoviário de cargas, pois acarretará diminuição considerável no tempo das viagens.

“Será muito importante e benéfico, já que pagaremos por aquilo que usarmos, ou seja, seremos cobrados pelo quilômetro rodado, uma forma mais justa. Para mim, o grande diferencial será a diminuição do tempo nas viagens, visto que ficamos um terço do tempo das viagens parado nas praças de pedágios, e com essa nova ferramenta teremos menos prejuízos”.

Essa expectativa pela modernidade dos processos atuais deve-se pelas dificuldades encontradas nas malhas brasileiras relacionadas aos pedágios. Um exemplo disso é o impasse na governança dos pedágios do Paraná, sem administração nem funcionamento em suas rodovias e trazendo incertezas para as empresas que desejam saber como ficarão os preços atribuídos na nova gestão.

Segundo a Secretaria do Estado de Infraestrutura e Logística, os leilões iniciais para a primeira etapa de vendas dos lotes 1 e 2 estão previstos somente para 24 de agosto e 16 de setembro na Bolsa de Valores de São Paulo.

Franco Gonçalves, gerente administrativo da TKE Logística, empresa que atua constantemente pelas vias paranaense, comenta sobre a importância de entender como essa questão será resolvida e compreende que o sistema free flow pode ser umas das alternativas.

“Até por ser uma questão de edital novo publicado, poderia já ser trabalhado com a previsão e a implantação de uma nova tecnologia. Já na questão do novo sistema de pedágio, poderá nos proporcionar uma velocidade média maior nas viagens e ganho de economia em relação à combustível e peças (pneus e freios, por exemplo), bem como uma maior segurança na questão dos acidentes provocados pelo trânsito, como engavetamentos e perda de controle, entre outros”, descreve o executivo.

Ainda que o avanço esteja sendo muito comemorado, as empresas de transporte adotam cautela no formato do novo pedágio para saber como, de fato, funcionará esse modelo. Para Franco e Marcel, espera-se que exista um sistema rápido e prático ao qual todos tenham acesso.

“Espero que tenha um sistema mais simples de leitura de placa e tags em que não exista mensalidade e que ofereça acesso a todas as empresas e veículos. Com certeza vai ajudar no transporte. Mas volto a reiterar a motivação para que isso aconteça em todas as rodovias, o que diminuirá o tempo das viagens. É claro que está no início, mas acredito que dará certo”, pondera Marcel Zorzin.

Já na opinião de Franco, devido à incerteza do funcionamento desse novo sistema, é preciso olhar os dois lados da “moeda”, pois nem todos possuem acesso efetivo nesse modelo de cobrança. “É importante conversar sempre sobre como será realizada a cobrança dessas passagens, não apenas para evitar cobranças em duplicidade, mas também para os casos de usuários que não possuam tags para pagamento. Então pergunto: como vai funcionar? Se você passa bastante por uma região, talvez tenha o conhecimento de algum aplicativo da concessionária, mas e se for uma rota nova? A pessoa vai receber uma multa por não pagamento? Enfim, é preciso analisar com cuidado”, finaliza o gerente administrativo da TKE Logística.

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