Setor de energia eólica registra aumento de fusões e aquisições

São Paulo (SP) – Com o mercado de energias renováveis aquecido no Brasil a expectativa é que as atividades de fusões e aquisições (M&A) envolvendo empresas que atuam no segmento de energia eólica sejam intensificadas. A avaliação é da Redirection International, assessoria especializada em fusões & aquisições, em estudo recente sobre o mercado de M&A neste setor. O levantamento levou em consideração as negociações feitas nos últimos anos e que foram anunciadas ao mercado e constatou que apesar de ainda ser um volume pequeno de operações, nos últimos 12 meses houve um crescimento de 20% nas atividades de M&A envolvendo companhias de energia eólica, com 12 transações registradas no país, enquanto no mesmo período entre 2022 e 2023 foram 10.

“O Brasil tem um enorme potencial para o desenvolvimento corporativo do setor e as transações de fusões e aquisições devem ser mais frequentes nos próximos anos, seguindo uma tendência já observada no cenário internacional. Na Alemanha, por exemplo, as operações de eólica representaram 2,5% das atividades totais de M&A no ano passado, enquanto aqui foi perto de 0,6%”, destaca João Caetano Magalhães, diretor da Redirection International, ao lembrar que as fusões e aquisições em energias renováveis movimentaram cerca de R$ 50 bilhões em dez anos no Brasil, de acordo com dados da Clean Energy Latin America (CELA).

Entre as transações recentes registradas no setor estão a aquisição da AES Brasil anunciada em maio pela Auren, que se tornou a terceira maior geradora de energia do país. Ainda neste ano, os parques eólicos da Vila Acre I e II no Rio Grande do Norte foram comprados pelo Fundo de Infraestrutura Infla II da XP Asset e, no final do ano passado, a Casa dos Ventos adquiriu o parque eólico da Ibitu Energia, na Paraíba.

João Caetano Magalhães ressalta que um dos principais fatores que impulsionam o setor de energias renováveis no Brasil, que engloba tanto a eólica quanto a solar, é a abundância de locais com alta capacidade de geração, com dimensões continentais e diferentes relevos disponíveis para instalação de usinas. Além disso, o compromisso com a descarbonização das economias e a busca por soluções mais sustentáveis para as atividades econômicas também elevam os interesses de investidores no segmento.

“Conforme a produtividade e o desenvolvimento tecnológico evoluem, os custos para a geração de energia diminuem, deixando a operação ainda mais viável e alguns estudos apontam inclusive que até 2040 haverá uma redução de até 27% no custo nivelado para a geração de energia eólica. Vale lembrar que o segmento vem batendo recordes, trazendo mais de R$ 300 bilhões em investimentos ao Brasil e, no ano passado respondeu por cerca de 50% da expansão do setor elétrico brasileiro, segundo informações da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica)”, ressalta João Caetano Magalhães.

A expansão do mercado livre de energia e o avanço dos parques eólicos para o mar, que deve ocorrer nos próximos anos, também são fatores que alavancam a atratividade do segmento. Segundo o estudo da Redirection International, a tendência é que as novas tecnologias de automação, como Inteligência Artificial, robótica, Internet das Coisas (IoT) e Gêmeos Digitais, por exemplo, ditem a evolução tecnológica do setor que deve registrar ainda um protagonismo maior das empresas offshore.

O Brasil é o sexto maior produtor de energia eólica do mundo de acordo com o Global Wind Energy Report 2023 e, atualmente, a energia produzida a partir do vento representa 13% da matriz elétrica nacional, sendo a terceira principal fonte de energia do país, com aproximadamente 30 Gigawatts de potência instalada, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De acordo com um estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) até o início de 2026 cerca de 240 grandes fazendas solares e parques eólicos devem entrar em operação no Brasil, injetando aproximadamente 6 Gigawatts de potência ao sistema elétrico nacional.

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