São Paulo (SP) – A FiberX lançou recentemente no Brasil a sua operação de produtos de Internet das Coisas, a Velds (do holandês, ‘campos largos’). De acordo com Aluisio Serafim, head de produtos da companhia, a marca chega com 60 equipamentos bem conhecidos do mercado nacional, como lâmpadas, tomadas e câmeras conectados, além de outros talvez mais exóticos, como uma claraboia que simula o sol e um alimentador de pássaros com câmera e reconhecimento facial.
Até o final do ano, o portfólio vai ser ampliado e deve ter mais 30 dispositivos.
De acordo com o vice-presidente de telecomunicações da FiberX, Juelinton Silveira, os equipamentos são produzidos com um parceiro e um polo de pesquisa e desenvolvimento próprio na China, além de uma equipe de P&D da companhia em sua sede em Santa Catarina. Ao todo, a empresa levou dois anos para criar esse braço de IoT.
Com padrão Tuya nos equipamentos e aplicativo próprio, Serafim afirmou que os equipamentos da Velds não vão entrar em briga por preço, uma vez que os dispositivos têm um padrão de qualidade alto, como a fechadura digital e o aspirador robô que é “três em um” (lava, aspira e passa pano).
Business model
O modelo de negócios B2B2C é baseado no relacionamento da Velds com os pequenos provedores que compram os devices e podem vender para o cliente final. Ou seja, os dispositivos não serão vendidos em locais como lojas de construção ou varejistas, como acontece com outras marcas. Com as PPPs, a Velds pode ser oferecida como showroom ou em alguns casos até como uma reprodução de uma casa conectada, igual ao formato apresentado no estande da empresa no Encontro Nacional da Abrint: “Os provedores serão os vendedores e o braço técnico para o cliente final”, explicou o head de produtos que também informou que haverá certificados para as equipes dos ISPs instalarem os devices.
Como a FiberX entende o mercado de ISPs, a companhia percebe o potencial de IoT do setor: “Queremos ajudar as ISPs a se tornarem inteligentes e transformarem a casa das pessoas com o IoT”, completou. O VP da companhia relatou ainda que as pequenas operadoras são livres para criar o próprio modelo de negócios para o consumidor, como venda direta de dispositivo, aluguel ou comodato – esses dois últimos são mais indicados para ajudar a dar mais recorrência de receita aos pequenos provedores.
Até o final de 2024, a companhia mira vender 100 showrooms com os dispositivos de IoT.
Sobre a possibilidade de avançar além do IoT doméstico, como em indústrias e agronegócio, Silveira afirmou que por enquanto o residencial é o único com modelos de prateleira. Para a indústria e outros setores, a ideia é oferecer “por projeto” em um trabalho “consultivo” e com “implantação de IoT junto com conectividade” que pode ser via fibra ótica, GPON e redes privativas celulares.
Redes privativas
O VP de telecom da FiberX afirmou disse que tem três projetos ativos de RCPs em empresas de energia e mais quatro na esteira de desenvolvimento no segmento de utilities. Silveira explicou que utilities são o principal segmento para sua companhia, inclusive com um diretor dedicado para este setor. Principal parceiro da Huawei em utilities, o executivo explicou que a demanda por tecnologia é maior em 5G, mas, em alguns casos, o LTE já supre, uma vez que muitas empresas de energia estão fazendo projetos de implementação de smart metering (medidor elétrico) conectado para o consumidor final.
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