São Paulo (SP) – A crise no Silicon Valley Bank escancarou um problema recorrente e que acabou de se tornar ainda maior para fundadores de startups brasileiras: a falta de bons produtos financeiros para empresas de tecnologia que também têm uma estrutura jurídica internacional.
É por isso que a Latitud, plataforma de tecnologia que fornece a infraestrutura para a próxima geração de startups na esteira do venture capital em toda a América Latina, continua a criar uma série de soluções para ajudar startups a administrar seu dinheiro e suas estruturas jurídicas no exterior. Nesta quarta-feira, 15, a Latitud anuncia o lançamento da versão beta da Meridian by Latitud.
A Meridian by Latitud vai oferecer uma conta empresarial com serviço de câmbio integrado. Com o produto, fundadores podem administrar a runway da sua startup (por quanto tempo o negócio se sustenta sem capital externo) e transferir dinheiro de um país para outro, sempre mantendo o compliance nesse fluxo de fundos.
A Meridian by Latitud é voltada para startups de estágio inicial, que captam recursos de venture capital e que têm (ou pensam em ter) uma estrutura jurídica internacional – como um Cayman Sandwich ou uma Delaware Tostada. Esse é um segmento de mercado que raramente tem histórico de negócio ou dinheiro no banco suficiente para ser atendido pelos bancos americanos tradicionais, que requerem até US$ 10 milhões em depósitos e têm seus próprios receios em atender startups.
Fundadores poderão acessar serviços como recebimento e administração do dinheiro recebido de investidores, câmbio (transferir fundos entre entidades jurídicas), e compliance integrado (seguindo as melhores práticas em regulação de câmbio e em reportagem de aumento de capital nas Ilhas Cayman, nos Estados Unidos e no Brasil). Eles também podem checar métricas financeiras importantes para toda startup que deseja ser lucrativa um dia, como burn rate (quanto se queima do caixa da empresa a cada mês) e runway (tempo até o fim desse caixa). Criadores de startups podem se inscrever para a lista de espera do teste beta da Meridian by Latitud.
“Na nossa própria comunidade de fundadores, temos muitos com estruturas jurídicas nacionais e internacionais. Quando você tem uma companhia internacional, você também precisa de serviços financeiros internacionais. O maior desafio para fundadores neste momento é que não existem boas opções desses serviços financeiros para companhias latino-americanas com estruturas jurídicas internacionais. O SVB foi um participante relevante do ecossistema e, com sua quebra, a importância de atender esse demanda ficou ainda maior. Eu pretendo passar a próxima década continuando a construir soluções que sirvam aos fundadores na América Latina”, afirma Brian Requarth, co-fundador e CEO da Latitud.
O produto fintech da Latitud estará disponível apenas para startups brasileiras nesta primeira fase. O Meridian by Latitud deve expandir para o restante da América Latina ao longo do tempo.
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